Os discípulos de Jesus tinham o
privilegio de estar na intimidade particular do Senhor, mas, Eles, como que
sabiam que o seu mestre deveria um dia deixa-los, muitas vezes tinham sido
testemunhas dos longos colóquios do divino mestre com seu pai: Então Eles
pediram que o divino pedagogo "lhes(nos)" ensinassem a rezar; então o
Senhor nos ensinou a mas perfeita das orações. Disse o Senhor “eis como deveis
rezar: Pai Nosso que estais no Céu.....(Mt6,9). Tão consolador apelativo
–Pai Nosso- só poderia brotar dos lábios do Filho Unigênito de Deus. Assumindo
nossa carne, Ele nos revela que temos um Pai no Céu.
A Oração dos cristãos o Pai nosso, tem servido de guia para a piedade dos
cristãos de todos os tempos. A respeito dela, fizeram comentários entusiásticos
diversos padres e doutores da Igreja, a saber: Tertuliano a qualifica de “resumo de todo
o Evangelho”. Para Cipriano
Bispo de Cartago, ela é “um compendio da doutrina celeste”. Com relação ao Pai nosso afirma Santo Agostinho. “Se
percorrermos todas as palavras das orações das Sagradas Escrituras, nada
encontramos que não esteja contido na oração do Pai Nosso...”.
Meus irmãos isto ocorre porque como diz Santo Tomaz de Aquino, na oração do Pai Nosso, não somente se
pede tudo aquilo que podemos desejar retamente, como também na ordem em que
devemos desejar; de tal forma que essa oração nos ensina não só a pedir, como
também é normativa dos nossos sentimentos. Na oração do Pai Nosso, as petições,
pedidos e contrições se desdobram como as sete cores do arco-íris da nova
aliança; são, portanto, um caminho luminoso que nos conduz aos tesouros da
misericórdia divina. As três primeiras súplicas põem em exercício as virtudes
teologais (Fé, esperança e caridade), porque
se ordenam diretamente a Deus: “o Vosso Nome”, o “Vosso Reino” e a “Vossa
vontade”; as quatro seguintes imploram, no seu conjunto, proteção e auxilio no exercício das virtudes cardeais (justiça, temperança,
fortaleza e prudência) e
constituem apelos de filhos ao Pai: “dai-nos”, “perdoai-nos”, “não nos deixeis
cair”, “livra-nos do mal”.
Esta excepcional oração inicia-se com a confortante invocação: “pai nosso que
estas no céu. E em seguida seguem-se sete pedidos, na ordem que devem serem
feitos como sendo:
Santificado seja o vosso nome: Imploramos aqui o primordial, ou
seja, a Glória de Deus. Deus três vezes santo na grandeza de seu nome todo
poderoso.
Venha a nós o vosso Reino: Este pedido visa a nossa participação na Glória de Deus e,
para isso, impulsionados pela esperança, imploramos, A vinda
final do Reino de Deus mediante o retorno de Cristo, a fim de que Ele
reine em todos os corações.
Seja feito a vossa vontade assim na
terra como no céu: devemos aceita a vontade de Deus
manifestada em nossa vida, pela oração é que podemos discernir qual é a vontade
de Deus e obter a perseverança para cumpri-la.
O pão nosso de cada dia nos dai
hoje: nesta suplica não visamos somente nosso sustento material
implica também outra fome que os homens padecem. Por isso, o sentido
especificamente cristão deste quarto pedido refere-se ao pão da vida: a palavra de Deus, a ser acolhida
na fé, e também o corpo de Cristo acolhido com amor na divina Eucaristia.
Perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido: Nesta petição imploramos perdão por todos os nossos
pecados, nos quais trocamos a amizade de Deus pelo amor desregrado a alguma
criatura. E como penhor para sermos atendidos, oferecemos-lhe o sacrifício de
perdoar “aos que nos têm ofendido".
Não nos deixeis cair em tentação: Depois de ter implorado com
humildade o perdão de nossos pecados, suplicamos a Deus vigilância, fortaleza
e, sobretudo, o auxilio da graça para doravante não tornar a ofendê-lo.
Mas livrai-nos do mal, amém : Nesta última súplica da
oração do senhor, o “mal” não é uma abstração, mas designa uma
criatura, satanás, o anjo que se opõe pessoalmente a Deus e ao seu plano de
salvação. Nela, pedimos para sermos livres de todos os males, presente,
passados e futuro, dos quais ele é autor ou instigador.
Irmãos devemos conforma nossa vida aos princípios da oração do PAI- NOSSO, este é o caminho
seguro a ser percorrido pelo um bom cristão. Não podemos passar um dia sequer
sem reza-lo! Ele nos acompanha desde o inicio de nossa caminhada rumo à
salvação, pois nossos pais e padrinhos o rezaram na cerimônia de nosso Batismo,
e será rezado pelo sacerdote junto ao nosso sepulcro, ao ser depositado nosso
corpo em sua última morada, à espera da ressureição da carne.
Padre. Chagas, vigário paroquial
de Parambu. Ce
19/11/2015.
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