Histórica COCOCI “abrigará PORTA SANTA” do Ano da Misericórdia da Área Sul da Diocese de Crateús












A histórica Cococi, situada na zona rural do município de Parambu, comunidade pertencente ao território pastoral da Paróquia de São Pedro, será o ponto de peregrinação e oração das paróquias de Parambu, Tauá e Quiterianópolis, durante o ano da misericórdia. Na secular Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Dom Ailton Menegussi abrirá a Porta Santa da área sul da Diocese de Crateús. A celebração marcada para às 9h da manhã do próximo domingo, 21 de fevereiro, contará com a participação de Padres, Freiras e Religiosos, bem como, de agentes de pastorais e paroquianos.

O local foi escolhido pela sua riqueza histórica e também espiritual, pois, é lá, onde se encontra uma das Igrejas mais antigas da região, que há séculos vem mantendo a tradicional festa da padroeira, para onde milhares de pessoas se dirigem, em peregrinação para rezar, agradecer, “pagar promessas” e revigorar a fé.

A Igreja preserva traços que remontam a cultura barroca e às construções arquitetônicas da antiguidade. Distante dos grandes centros é lá onde o Cristão Peregrino encontrará um local extremamente favorável para o silencio e a oração. Hoje, apenas duas famílias acolhedoras habitam o lugar.

Cococi também abriga um patrimônio histórico, as ruínas da antiga cidade que tinha o mesmo nome; local que serviu de inspiração para a criação de mitos, histórias e lendas que povoam o imaginário das pessoas e são contadas na tradição oral pelo sertanejo desse chão sofrido. Seus velhos casarões já serviram de cenário para grandes produções de cinema e de matérias televisivas. 



O Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia

CARTA ENVIADA PELO BISPO DOM AILTON EM DEZEMBRO DE 2015:


Crateús-CE, 13 de Dezembro de 2015
Abertura  Paroquial do Ano da Misericórdia
Aproxima-se a Festa da Redenção! É Natal do Senhor. O Salvador bate à nossa porta. Que Jesus Cristo, o “Rosto da Misericórdia” do Pai esteja em teu coração e no coração de tua casa, de tua Família, de tua comunidade!
Gostaria de estar presente em cada comunidade, em cada paróquia, numa ocasião tão bonita como esta, para proclamarmos juntos, que, Aquele que vem vindo traz em seu rosto toda a expressão da misericórdia do Pai.
Celebraremos este Natal sob o signo da Misericórdia, uma vez que, o nosso querido Papa Francisco, símbolo da unidade de toda a nossa Igreja, proclamou, no último dia 08 de dezembro, em Roma, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, O Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia, em comemoração aos 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II.
O Papa deseja que a todos, participantes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio dos homens e mulheres (MV, 5), pois, segundo o mesmo Papa Francisco, “a credibilidade da Igreja passa através da estrada do amor misericordioso e compassivo” (MV, 10). Por isso, pede que, especial atenção seja dada “aos que vivem nas mais diversas periferias existenciais que o mundo moderno cria de maneira dramática” (MV, 15).
A misericórdia é uma dimensão eclesial que deve perpassar todas as outras. Ser misericordioso é um jeito de ser cristão e, em consequência, um jeito de ser Igreja. E na sua ação pastoral, a Igreja, esposa de Jesus Cristo, prefere empregar a medicina da misericórdia antes que empunhar a arma da severidade. Isto não significa, no entanto, perder o vínculo entre misericórdia, verdade e justiça.
Estamos envolvidos pelo “clima natalino”. E Jesus Cristo, que deve ser sempre o centro desta festa, é a misericórdia divina em pessoa: encontrar Cristo neste Natal (como o fizeram os pastores de Belém) significa encontrar a misericórdia de Deus.
Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para entender quem são seus verdadeiros filhos (MV, 9). Nesse sentido, convido a todos, a contemplar o presépio, envoltos pela divina misericórdia encarnada na criança de Belém, e deixar de lado a raiva, a violência, o desejo de vingança, a pretensão de saber tudo, o egoísmo, os vícios de toda espécie, a anestesia do espírito, a indiferença que humilha; a cumplicidade na corrupção, que destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres, o relativismo ético, a falta de perdão. Não deixemos que a mentalidade contemporânea tire do nosso coração a idéia da misericórdia. Ao contrário, “sejamos misericordiosos como o Pai”(Lc 6,36), como nos lembra o lema deste Ano Santo da Misericórdia.
Nossa Igreja Particular de Crateús, desejosa de “vivenciar este Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual” (MV, 4), se propõe a realizar várias atividades ao longo do Ano 2016, sobretudo, para as quais cada um(a) é exortado a participar. Hoje, 13 de Dezembro, estamos abrindo “O Ano  Santo da Misericórdia” em cada Paróquia da diocese, a fim de possibilitar que todos os fiéis desta nossa amada Igreja Diocesana entre, espiritualmente, neste tempo de graça.
Na Quaresma de 2016, abriremos em cada Área da Diocese, uma “Porta Santa”, para que os fiéis possam vivenciar, de maneira mais expressiva, este Ano Santo da Misericórdia. Assim, no dia 14 de fevereiro,abriremos a “Porta Santa” na Área Norte, mais precisamente na Igreja “Matriz de São Gonçalo, emIpueiras, contemplando mais de perto as Paróquias de Ipueiras, Nova Russas, Ipaporanga, Ararendá e Poranga.
No dia 21 de fevereiro, abriremos a “Porta Santa” na Área Sul, na Igreja do Cococi, em Parambu, favorecendo aos fiéis das Paróquias de Parambu, Tauá e Quiterianópolis.
Finalmente, no dia 28 de fevereiro, será a vez da Área Centro abrir a sua “Porta Santa” na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, no Assis, em Crateús, como local de peregrinação para as Paróquias da Imaculada Conceição e Senhor do Bonfim (Crateús), Independência, Novo Oriente, Tamboril, Monsenhor Tabosa e Área Pastoral de Sucesso.
Eis algumas “atitudes” a serem exercitadas ou retomadas com mais fervor durante este Ano Santo da Misericórdia:
  • A Peregrinação: cada pessoa deverá fazer uma peregrinação a um dos lugares indicados na nossa diocese ou noutro local de peregrinação no estado do Ceará, Brasil ou mundo, para sinalizar que estamos dispostos a nos empenhar para fazer o caminho da conversão, a fim de alcançarmos a misericórdia e nos comprometermos em ser misericordiosos com os outros como o Pai é misericordioso;
  • A Prática das Obras de Misericórdia corporais e espirituais (MV, 15): dar comida a quem tem fome, de beber a quem tem sede, vestir os nus, acolher o estrangeiro, assistir aos doentes, visitar os presos e sepultar os mortos; aconselhar os duvidosos, ensinar os ignorantes, corrigir os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, rejeitar a violência contra as injustiças sofridas e rezar pelos vivos e pelos mortos;
  • Celebrar mais intensamente o Sacramento da Reconciliação (Confissão) como meio de conversão e fonte de verdadeira paz interior, sobretudo em ocasiões de santas Missões Populares;
  • As Relações entre Justiça e Misericórdia: apelo à conversão, a romper com grupos criminosos e corruptos;
  • O Diálogo com as Outras Religiões, tornando-nos mais abertos e eliminando todas as formas de desprezo, violência e discriminação religiosa;
  • A Oração à Virgem Maria e aos Santos e Beatos: Ela, Maria, atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos; eles (santos), porque fizeram da misericórdia a sua missão vital;
  • A Busca da Indulgência: o perdão de Deus para os nossos pecados não conhece limites. No Sacramento da Reconciliação os pecados são perdoados, mas permanece o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos. A indulgência é aquela libertação de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-nos a crescer no amor em vez de recair no pecado.
Meu querido irmão, minha querida irmã, estas e outras atitudes serão propostas nas diversas atividades que nossas paróquias organizarão durante o Ano Santo da Misericórdia. “Passar pela Porta Santa” , mais do que um ritual litúrgico, significa entrar neste movimento de conversão pessoal, numa dinâmica “de Igreja em saída”. Por isso, “neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida” (MV, 25). Que em nossas comunidades, famílias, organizações sociais, escolas, “se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor” (MV, 25), “pois Deus não se cansa de estender a mão” (MV, 19). E como Deus, nós também não podemos nos cansar de amar, porque, como nos lembra São João da Cruz, “no entardecer desta vida, seremos julgados pelo amor”.
Aproveito para desejar a você, com todo o afeto do meu coração,  UM ANO NOVO de muita paz e muita luz, com muitos FRUTOS DO ANO DA MISERICÓRDIA!
Com as bênçãos de Deus Pai e Filho, e Espírito Santo.

Dom Ailton Menegussi
Bispo Diocesano



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