PALAVRA DO SACERDOTE: JESUS Ressuscita na COMUNIDADE, representada na figura de Maria Madalena. ALELUIA!!!


JESUS Ressuscita na comunidade, representada na figura de Maria Madalena ALELUIA ! 
Filhos (as) de Deus, Maria Madalena, diante do sepulcro vazio, representa a comunidade. A ausência do corpo de Jesus provoca angústia, dor e tristeza. É sofrimento que distorce e dificulta a visão e a compreensão. Há vários motivos que abatem e dificultam a crença da comunidade no Senhor ressuscitado. Eles precisam reavivar sua fé e reacender a esperança para resistir aos sofrimentos e perseguições e crer na possibilidade da Vida Nova que advém do Cristo Ressuscitado. 
“[...] no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi bem cedo ao túmulo de Jesus, quando ainda estava escuro, E logo viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo (Jo 20,1). A  comunidade continua no escuro, ainda não vivenciou a experiência da ressurreição. Todos os Evangelhos citam a presença de Maria Madalena no momento da morte como testemunha e anunciadora  da Ressurreição. Quem é essa mulher ?   
Essa mulher é uma metáfora da comunidade que renasce da dúvida e da alegria “ Ele não está morto. Ressuscitou, Aleluia!. No primeiro dia Ela foi bem cedo ao túmulo de Jesus , quando ainda estava escuro. E logo viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então, saiu correndo e foi encontrar o Simão Pedro e o outro Discípulo, aquele a quem Jesus amava. E lhes disse: “Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde colocaram”. Maria continua ali chorando junto ao túmulo” (Jo,1-2.11ª). Aí, em Madalena e com os Discípulos, a comunidade está vigilante e em vigília na expectativa da ressurreição prometida pelo Cristo. 
Madalena representando a comunidade que busca o corpo de Jesus para ungi-lo, vai ao sepulcro em que ele fora colocado e encontra a pedra removida e o lugar vazio.  A ausência do corpo de Jesus provoca angústia, dor e sofrimento. É o sofrimento que distorce e dificulta a visão e a compreensão da realidade. A comunidade, então, compreende que o corpo de Jesus foi roubado. Não compreende que a ausência do corpo indica o sinal da vida nova:  a Ressurreição. Há vários motivos que dificultam a crença da comunidade no Senhor ressuscitado:

*** Os cristãos sofrem com a perseguição: “Seguiram a mim, vão perseguir a vocês também “ (Jo.15,20). Há falta de esperança em meio ao sofrimento, a miséria e à desolação. Alguns membros da comunidade ficam prisioneiras do circulo do sofrimento e da morte. 
*** Segundo a cultura greco-romana, o ser humano é dividido em duas partes: a alma e o corpo. Enquanto a alma é imortal, o corpo é mortal. Não há nenhuma possibilidade da ressureição do corpo. As comunidades cristãs sofrem com a influencia de diferentes ideias e crenças sobre a morte. Alguns membros da comunidade cristã de Corinto, por exemplo, rejeita a ressurreição de Jesus e a dos mortos: “ De que maneira os mortos ressuscitarão? Com que corpo voltarão? (1 Cor. 15,35). 
***A tradição farisaica prega que a pessoa justa por cumprir a lei é ressuscitada para a vida eterna e o injusto vai para o castigo eterno. Por isso, Paulo testemunha; “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus” (1Cor 1,23). É escândalo porque Jesus rompe as barreiras da lei do puro e do impuro e morre na cruz, considerada “maldição de Deus” e “ato de impureza” (Dt 21,22-23). 

Tudo isso põe em dúvida a ressurreição de Jesus. É  necessário levar a comunidade a depositar sua fé no Senhor ressuscitado, o Senhor da vida. Com o relato da aparição a Maria Madalena, o Evangelho de João, então, prepara o leitor para fortalecer a esperança e, nela, entrar na presença do ressuscitado 
Evangelho de João 20,11-18  relata o encontro entre Maria Madalena e Jesus: ela começa o processo de superar a prisão do círculo do sofrimento e morte e encontra Jesus Cristo ressuscitado. O  relato do encontro de Madalena com Jesus se inspira no Cântico dos cânticos, um poema do amor e, ao mesmo tempo, um grito de libertação, no qual a amada procura pelo amado. Uma busca intensa que termina com o encontro: “Encontrei o amado da minha vida, agarrei-o e não soltei...” (ct 3,4). Esta é a  profissão da comunidade ao encontrar o amado, o amor vence o temor, e a vida desabrocha e floresce até os nossos dias, o Senhor está Vivo! RESSUSCITOU, ALELUIA! Ele está entre nós, ALELUIA!  

Pe. Chagas vigário paroquial de Parambu  03/2016. 



Postar um comentário

0 Comentários