Pergunta difícil de responder, mas ao mesmo tempo de fácil
resposta. Parece paradoxal ( difícil .. mas fácil ..), no entanto, antes de qualquer coisa, é necessário sintetizar o termo “céu”, faremos isto com o auxilio do
catecismo, “YOUCAT”, que no N.158 vai nos afirma que : “O céu é um interminável momento de amor. Nada mais nos separa de Deus,
porque o nosso espirito ama o que toda a vida procurou. Juntamente com os anjos
e os Santos, alegramo-nos ao lado de Deus e com Deus”.
Quem observa um casal de namorados olhando-se carinhosamente, quem vê um
bebé procurando tranquilamente os olhos da sua mãe, como se quisesse gravar
para sempre o seu sorriso, fica com uma idéia (ainda que longínqua) do Céu. Poder ver Deus face a face é como um
instante de amor, único e infindável.
No entanto, para se viver a plenitude do amor é preciso se deixar modelar pelo amado com
simplicidade e confiança, “ Em verdade
vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele” é preciso nos entregarmos nos braços acolhedor de nosso bom Deus, com a confiança de uma criança, e deixar que Ele
realize aquele gesto tão significativo: “
Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos”. Temos que
entender isto, somos criaturas contingentes, necessárias do auxilio de Deus!
É preciso ter humildade e simplicidade para conhecer a vontade dele e
cumpri-la: seja no matrimônio, com a disposição de harmonizar-se com o cônjuge;
seja no estado religioso, com a alma aberta a tudo o que vem do alto, à maneira
do filho dócil aos ensinamentos dos pais.
Ser como
criança significa também ser inocente, isto é, ter a alma semelhante a um
cristal que nunca foi riscado: límpido, transparente e cheio de luz, jamais
manchado por qualquer falta. O Reino de Deus é constituído por aqueles que se
empenham em conservar a própria inocência a dos demais. Quando rezamos no Pai
Nosso “venha anos o vosso reino”, devemos arder do desejo de que na Terra e em
nosso interior se estabeleça a supremacia da inocência! Se abraçamos este
ideal, seremos abraçados por nosso Senhor Jesus Cristo, porque Ele abençoa os
que se fazem pequenos.
Entretanto,
quem perdeu a inocência, não pense estar numa situação irremediável. Este tesouro
pode ser restaurado, como se verificou no caso de tantos santos que um dia
foram falhos com a graça da santa inocência mas depois com o amor a Deus e aos
irmãos recuperaram a santa inocência e consequentemente a santidade plena que
nos chamamos de Salvação. Portanto:
“Inocência, Humildade, Simplicidade, Perdão e confiança absoluta na providencia de Deus”. Eis
ai a FORMULA, para se alcançar o Céu,
que o Bom Jesus nós ajude a alcançar este tão almejado premio. Amém!
Pe. Chagas, Vigário
paroquial de Parambu
22/10/2015
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